Realizamos uma pesquisa focalizando as 400 plantas mais usadas para chás caseiros, elaborados no Brasil e no resto do mundo, com base nos principais tipos de receitas conhecidas, com o objetivo de identificar a participação percentual das partes das plantas, ervas ou frutos que mais se destacam.
Em primeiro lugar estão as folhas, utilizadas em 39% do total de todos os chás conhecidos. Muitas das receitas, dentro deste percentual citado, incluem o uso conjunto das folhas com outras partes, tais como caule, talos (hastes), flores, etc.
Em segundo lugar estão as raízes, com 13% do total, incluindo os rizomas.
Observe-se que a distância percentual das raízes em relação às folhas é bastante significativa. Segundo o conhecimento popular, as partes mais lembradas para chás são as folhas e as raízes, o que foi confirmado pelos números desta pesquisa.
As flores, individualmente ou em conjunto com as folhas, ou em forma de sumidade florida (parte florida) representam 11,6% do total, estando em terceiro lugar.
Em quarto lugar estão as cascas dos caules, dos ramos e dos frutos, com 8,3% do total.
As sementes representam 5,7% do total de partes utilizadas, estando em quinto lugar.
As demais partes das plantas, que são utilizadas na elaboração de chás, correspondem todas a 22,4% do total de partes, sendo elas:
- Alga
- Arilo
- Baga ou bago
- Brácteas
- Brotos
- Bulbos
- Caroço
- Caule
- Caules estéreis
- Cipó
- Fruto
- Gema
- Grãos
- Haste (Pecíolo)
- Hastes floridas
- Látex
- Óleo de semente
- Óleo essencial
- Óleo extraído do tronco
- Parte aérea
- Parte lenhosa
- Pétalas
- Planta inteira
- Planta inteira sem as raízes
- Pseudofruto
- Ramos
- Talo
- Tubérculos
- Vagem
O benefício esperado para a saúde pelo consumo de determinado chá é previsto pela consequente atuação de um ou mais princípios ativos existentes na parte da planta a ser utilizada.
Os princípios ativos são substâncias químicas naturais que proporcionam os efeitos ou propriedades terapêuticas, contribuindo com benefícios para a saúde de quem toma chás de plantas medicinais. Portanto, as propriedades terapêuticas, ou medicinais, são decorrentes dos princípios ativos das plantas.
Os princípios ativos não se distribuem na mesma quantidade e concentração em diferentes partes de uma mesma planta. A distribuição é desigual. Há casos em que os princípios ativos estão em todas as partes da planta, sejam folhas, talos, flores, etc. e há casos em que estão somente numa parte como a raiz, por exemplo.
É por isso que uma receita de chá recomenda utilizar as folhas, em outra são recomendadas as flores, em outra somente a raiz ou o rizoma, de acordo com cada tipo de planta.
